quinta-feira, dezembro 01, 2011

[Compêndio] O adeus de Z. e Bella


A Editora Universo dos livros disponibilizou um trecho do compêndio, onde se pode ler a outra versão do Adeus de Z. e Bella. Eu estou postando aqui por que, na verdade, eu quero guardá-lo para mim. E, aqui, fica fácil. Visitem o Blog Oficial da Irmandade. Nele SEMPRE tem grandes novidades. Vale mais do que a pena.



"A cena a seguir não foi exatamente excluída, mas foi uma que editei muito na revisão do Amante Desperto, principalmente por não ter gostado de sua vibração. A verdade é que achei que ela seria pesada demais para o adeus de Z. e Bella, mas me arrependi de não ter seguido o que vi em minha mente. Acredito que a cena do livro publicado ficou boa, mas esta é melhor."
J.R.Ward

Bella guardou suas coisas na mala em menos de dois minutos. Ela não tinha muitas coisas, e o pouco que tinha havia tirado do quarto de Z. na noite anterior. Fritz logo chegaria para pegar as coisas dela e levar para a casa de Havers e Marissa. Dentro de uma hora, ela se materializaria na casa deles e Rehvenge a encontraria lá. Com um guarda.
Entrando no banheiro mal iluminado, ela acendeu a lâmpada acima da pia e conferiu o balcão para ter certeza de que tinha tudo. Antes de se afastar, olhou para seu reflexo no espelho. Deus, ela havia envelhecido.
Sob a luz, Bella ergueu os cabelos, virando-se para um lado e para o outro, tentando encontrar uma maneira de se ver realmente. Depois de desistir, deixou o peso cair e... Zsadist apareceu atrás dela nas sombras, de repente, aumentando a escuridão com suas roupas pretas, armas e humor. Ou então estava ali o tempo todo, decidindo se mostrar apenas naquele momento. Ela deu um passo para trás, batendo numa das paredes de mármore com o quadril. Disse um palavrão e passou a mão na parte atingida.
Repassou todo seu vocabulário com as maneiras com que podia mandá-lo para o inferno.
E então sentiu o cheiro dele. O odor de vinculação era forte. Z. ficou em silêncio, mas não precisava dizer muita coisa. Ela conseguia sentir os olhos dele. Conseguia ver o brilho dourado no canto onde estava.
Ela sabia exatamente por que ele estava olhando para ela. E não conseguia acreditar. Bella se afastou ainda mais, até bater na porta do chuveiro.
– O que você quer?
Palavras erradas, ela pensou ao entrar na área iluminada. Ao ver o corpo dele, ficou boquiaberta.
– Quero acasalar – disse com a voz baixa. E ele estava mais do que pronto.
– Você acha... Deus, você acha que eu me deitaria com você agora? Você está louco.
– Não. Sou psicótico. Pelo menos é este o diagnóstico da clínica. – Ao tirar o coldre da adaga, a porta se fechou atrás dele e foi trancada. Fez isso com a mente.
– Vai ter de me forçar.
– Não vou, não. – Levou as mãos ao cinto e ao quadril Bella observou aquilo que se apertava dentro de sua calça. E o desejou. Deus, ela queria que Z. a abraçasse e não lhe desse chance de dizer não. Assim, ela seria absolvida do que estava prestes a fazer e poderia odiá-lo mais. Poderia...
Z. se aproximou até ficar bem diante dela. No silêncio que se fez, ele suspirou.
– Sinto muito por ser um idiota. E eu não a estaria empurrando a Phury se não pensasse ser o mais certo para vocês dois.
– Está se desculpando apenas por que quer ficar comigo agora?
– Sim. Mas é verdade, de qualquer jeito.
– Então, se não estivesse com desejo neste momento, permitiria que eu partisse?
– Encare isto como um adeus, Bella. A última vez.
Ela fechou os olhos e sentiu o calor que emanava dele. E quando ele colocou as mãos nela, Bella não fugiu. Ele levou as mãos até sua garganta e jogou a cabeça dela para trás, com a boca aberta porque tinha de ser assim.
Ou, pelo menos, era o que ela dizia a si mesma.  A língua de Z. entrou em sua boca enquanto esfregava o quadril contra a barriga dela. Enquanto eles se beijavam, Z. rasgou a camisa dela ao meio.
– Zsadist – ela disse com a voz rouca quando ele segurou o botão de sua calça jeans. – Pare.
– Não.
Ele beijou os seios dela quando levou as mãos para a parte de trás de sua calça, erguendo-a e carregando-a para cima do balcão. Ele gemia alto enquanto afastava as pernas dela e se ajoelhava... com os olhos fixos em seu sexo. Então, soube exatamente o quanto ela estava excitada.
Bella colocou as mãos entre eles.
– Zsadist, se você fizer isso, nunca vou perdoá-lo.
– Não poderei viver com o arrependimento – ele afastou os braços dela com facilidade, prendendo seus punhos – de não ter feito isto com você uma última vez.
– Por que se importa tanto?
Ele puxou as mãos dela para frente, virando-as para que pudesse vê-las por cima. Quando olhou para baixo, balançou a cabeça.
– Phury não se alimentou de você, não é? Não há marcas no pescoço. Nem nos pulsos.
– Ainda dá tempo.
– Ele disse que você não aguentaria.
Ótimo, aquela era a última coisa que ela precisava que Zsadist soubesse.
– E esse é meu castigo? – ela perguntou com amargura. – Você vai me forçar...
Z. mergulhou no centro de Bella. Com todo aquele desejo, ela pensou que ele fosse tocá-la com intensidade, mas em vez disso, apenas roçou os lábios de modo tão carinhoso que ela ficou emocionada. Quando soltou as mãos, ela chorava e segurava a cabeça dele, aproximando-o ainda mais. Ele olhou para seu rosto enquanto ela atingia o orgasmo contra sua língua, observando-a como se quisesse guardar aquelas lembranças preciosas.
– Deixe-me levá-la para a cama.
Ela assentiu quando ele subiu em seu corpo e encostou os lábios brilhantes no pescoço dela. O raspar de suas presas fez com que Bella sentisse esperança. Talvez ele finalmente se alimentasse... Mas quando ele a pegou e abriu a porta, o desejo sumiu do corpo de Bella.
Ela estava indo embora. E ele não a impediria. Também não sugaria de sua veia. Zsadist sentiu a mudança nela imediatamente.
– O que aconteceu?
– Nada – ela sussurrou ao se deitar na cama. – Não aconteceu nada.
Z. parou diante dela, à beira do precipício. Mas então ele abriu o zíper, colocando para fora aquela ereção enorme. Ao deitar-se em cima dela, com a calça ao redor das coxas, ela virou o rosto para o lado.
As mãos dele afastaram seus cabelos.
– Bella?
– Faça logo e deixe-me ir. – Ela abriu mais as pernas para acomodá-lo. Quando a ereção chegou ao centro do corpo dela, Z. gemeu, erguendo-se. Ele não a penetrou, e ela fechou os olhos.
– Bella...
– Eu desceria a mão e colocaria você dentro de mim, mas nós dois sabemos que você não quer que eu o toque. Ou você quer que eu fique apoiada nas mãos e nos joelhos? Seria mais impessoal assim. Nem precisaria olhar para meu rosto.
– Não fale assim.
– Por que não? Caramba, você nem tirou a roupa. E isso faz com que eu me questione por que isto tem que acontecer afinal. Agora que você sabe cuidar de si mesmo, não precisa ter uma fêmea. – A voz dela ficou embargada. – Certamente não precisa de mim.
Fez-se um longo silêncio.
Ela escutou um gemido. E então ele a mordeu. Zsadist afundou as presas e estremeceu ao sentir o primeiro jato do sangue de Bella. Aquela rica textura se derramou em sua boca, e quando engoliu, sentiu o líquido descer por sua garganta. Não conseguiu parar.
Quando decidiu que tomaria sua veia, disse a si mesmo que seria apenas uma mordida, mas quando começou, não conseguiu mais interromper a conexão. Ele a abraçou e a deitou de lado para que pudesse envolver-se melhor ao redor de seu corpo. Bella o puxou para perto, e ele teve certeza de que ela chorava de novo enquanto o abraçava, porque sua respiração estava ofegante.
Acariciando suas costas nuas, ele encaixou o quadril no corpo de Bella, querendo confortá-la enquanto sugava, e ela pareceu se acalmar. Mas ele, não. Seu membro latejava, prestes a explodir.
– Transe comigo – ela gemeu. – Por favor.
Sim, ele pensou. Sim!
Mas ele não conseguia parar de beber para penetrá-la. O poder que sentia era viciante e a resposta de seu corpo, incrível. Enquanto se alimentava, sentiu os músculos contraídos, formando uma proteção sobre seus ossos. Suas células absorviam os nutrientes necessários que seu corpo não recebia havia um século, colocando-os em uso imediatamente.
Com medo de sugar demais e matá-la, Z. se forçou a soltar o pescoço de Bella, mas ela o segurou pela nuca e o puxou para baixo. Ele lutou contra o impulso por um momento, mas gemeu, um som alto e baixo, como o de um cão. Com um movimento repentino, ele a reposicionou e a deitou do outro lado, mordendo com força. Estava subindo nela, prendendo-a, com o odor da vinculação despejando em ondas. Ele era um predador enquanto se alimentava, os braços contraídos enquanto a segurava, as coxas estendidas sobre o corpo dela.
Quando terminou, jogou a cabeça para trás, respirou profundamente e gemeu alto o bastante para fazer tremerem as janelas.
Zsadist olhou para baixo. Bella estava sangrando por causa das duas feridas que ele havia causado, mas seus olhos brilhavam e seu odor sexual emanava. Ele lambeu os dois lados de seu pescoço e a beijou, enfiando a língua em sua boca, tomando, dominando o que era dele... marcando-a agora não apenas com o odor, mas com sua vontade.
Ele estava embriagado por ela, desejoso e carente. Ele era um buraco negro que tinha de ser preenchido. Era o poço seco; ela, a água.
Z. deu um passo para trás e tirou a camisa. Olhando para os mamilos, enfiou os dedos mínimos nos piercings e os puxou.
– Sugue – ele disse. – Como você fez antes. Agora.
Bella ficou sentada, passando as mãos na barriga dele enquanto Z. se deitava de costas na cama. Quando estava esticado, ela subiu em seu peito, colocando a boca exatamente onde ele queria. Quando pegou uma das argolas, ele gemeu de novo, sem se preocupar com a possibilidade de outras pessoas da casa ouvirem.
Queria fazer o máximo de barulho. Dane-se, ele queria gemer até derrubar a porta.
Quando ela sugou, ele tirou a calça de couro e desceu a mão, pegando seu membro e acariciando. Queria que ela colocasse a boca ali, mas por mais agressivo que fosse, não iria forçá-la.
Ela sabia o que ele queria. Colocou a própria mão na ereção e adotou um ritmo que quase o matou. Subia e descia pela extensão do membro, escorregando pela cabeça até a base, enquanto sugava e lambia seu mamilo. Ela estava totalmente no controle, mexendo muito com ele, que estava adorando o aperto, o suor, a agonia de querer gozar sem querer que ela parasse.
– Oh, sim, nalla... – Ele segurou seus cabelos, ofegante. – Faça isso.
E então ela desceu pelo peito, indo para a barriga. Ansioso, ele mordeu o lábio inferior com tanta força que sentiu o próprio sangue na boca.
– Tudo bem para você? – ela perguntou.
– Se estiver bem para você... – Ela o cobriu com seus lábios. – Bella...
Seus lábios eram gloriosos. Úmidos e quentes. Mas ele não duraria mais do que trinta segundos daquele jeito.
Ele se sentou e tentou tirá-la de seu colo, mas ela resistiu.
– Vou gozar... – ele gemeu. – Meu Deus... Bella, pare. Eu vou...
Ela não parou. Nem ele...
A primeira convulsão foi tão forte que ele se deitou no colchão.
A segunda ergueu seu quadril, fazendo com que ele fosse ainda mais fundo em sua boca. E a terceira o levou ao céu. Assim que ele se recompôs, aproximou-se dela, beijando-a. Sentiu seu próprio odor de vinculação na boca e língua dela e gostou que estivesse ali. Adorou.
Ele a virou.
– Agora é a sua vez. De novo.
– Você está bem? – Zsadist perguntou algum tempo depois.
Bella abriu os olhos.
Z. estava deitado ao lado dela, com a mão apoiada no braço dobrado.
Caramba, o corpo dela estava marcado por fora e por dentro. Mas o prazer que ele havia sentido fazia valer tudo. Zsadist a havia amado com intensidade, como ela queria que ele fizesse.
– Bella?
– Sim. Sim, estou.
– Você disse que não queria ser vingada. Ainda quer isso?
Ela cobriu os seios com as mãos, desejando que a vida real tivesse ficado longe por um pouco mais de tempo.
– Não consigo imaginar você saindo e se ferindo por minha causa.
Ele não disse nada e ela esticou o braço para tocar sua mão.
– Zsadist? O que está pensando? – O silêncio continuou até ela não mais aguentar. – Fale comi...
– Eu amo você.
– O quê? – ela perguntou.
– Você escutou muito bem. E não vou repetir. – Ele ficou em pé, pegou suas roupas de couro e as vestiu. Depois, entrou no banheiro.
Voltou um momento depois com as adagas nos coldres do peito e a arma na cintura.
– O problema, Bella, é que não posso deixar de sair para caçar o redutor que fez aquelas coisas com você. Nem os idiotas com quem ele trabalha. Não dá. Então, ainda que eu fosse perfeito como Phury, ainda que eu soubesse ser educado, mesmo que eu não estragasse a sua família, não posso ficar com você.
– Mas se você...
– Tenho a guerra no meu sangue, nalla. Então, mesmo que não tivesse sofrido no passado, ainda assim teria de estar no campo lutando. Se eu ficar, você vai querer que eu seja diferente do que sou e não posso me tornar o tipo de hellren que você precisa. Minha natureza acabaria falando mais alto.
Ela esfregou os olhos.
– Se eu seguir essa lógica, como pode pensar que ficarei com Phury?
– Porque meu irmão está cansado. Em parte, por minha causa.
Mas acho que teria acontecido de qualquer modo. Ele gosta de ensinar aqueles recrutas. Eu o vi treinando em tempo integral, e vamos precisar disso. Seria uma boa vida para você. Bella abaixou as mãos com raiva e olhou para ele.
– Preciso que você se cale a respeito do que acha melhor para mim. Não me interesso nem um pouco em suas teorias sobre o meu futuro.
– Acho justo.
Ela olhou para ele, concentrando-se na cicatriz que arruinava seu rosto. Não, não arruinava, ela pensou. Ele sempre seria bonito para ela. Um belo macho. Esquecê-lo seria tão difícil quanto esquecer seu sequestro.
– Nunca mais vou encontrar alguém como você – ela disse. – Para mim, você sempre será a pessoa certa.
E aquele era seu adeus, Bella pensou.
Z. se aproximou e ajoelhou-se ao lado da cama, mantendo os olhos amarelos e brilhantes. Depois de um momento, ele segurou sua mão e ela escutou um som metálico... e então ele pressionou uma das adagas contra a mão dela. O objeto era tão pesado que ela quase precisou segurá-lo com duas mãos. Olhou para a lâmina negra, com o metal refletindo luz como uma piscina à noite.
– Marque-me. – Ele apontou para o peito, acima da cicatriz em forma de estrela da Irmandade da Adaga Negra. – Aqui. – Inclinando-se rapidamente, ele procurou na cabeceira pelo prato de sal que veio com a comida. – E que seja permanente.
Bella hesitou por apenas um segundo. Sim, ela pensou: queria deixar algo que ficasse nele, algo pequeno que o lembrasse dela por toda a vida. Ela virou-se pousando a mão livre no ombro. A adaga ficou mais leve em sua mão quando levou a ponta da arma contra sua pele. Z. estremeceu quando ela começou e o sangue escorreu por sua barriga.
Quando terminou, deixou a adaga de lado, lambeu a palma da mão e colocou sal nela. Em seguida, pressionou a mão aberta em cima dos cortes que ela havia feito sobre seu coração.
Eles se olharam enquanto a letra “B” no Antigo Idioma cicatrizava permanentemente em seu corpo.

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Ou Zsadist!
Nós dois seriamos TÃO perfeitos juntos!
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