quinta-feira, setembro 22, 2011

Filhos de Galagah - Leandro Reis


"Filhos de Galagah traz personagens inesquecíveis que irão honrar suas tradições neste mundo de glórias e tragédias. Heróis nobres e companheiros de passado sombrio que colocam em prática o treinamento de uma vida. Enquanto a pior sorte de vilões se prepara, nas sombras, para seus maiores planos.
Uma história apaixonante, que narra o inicio da jornada da heroína Galatea Goldshine, a mais nova de uma família que, por gerações, luta para proteger seus súditos de seu reino dos males do mundo e sobrevive a maldição secular: Enelock, Lorde Supremo dos Mortos, imortal e invencível, senhor de um reino de mortos-vivos e detentor de um ódio sem igual contra o povo de Galagah.
Aventura, emoção, batalhas intensas e vitórias inesquecíveis se revelem nesta obra, que também traz encontros e alianças improváveis na busca do destino..."
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Olá, Olá!
Como vão?

Eu, depois de um longo e tenebroso inverno, estou de volta. E, graças aos deuses, estou de volta em grande estilo!
Eu estive na Bienal do livro do Rio de Janeiro, mas nem acho que vou entrar em muitos detalhes para contar como foi. Sabe, daquele tipo de fazer post e coisa e tal. Tem muito sobre a Bienal por aí na blogosfera e não vejo por que me repetir. Só digo que é MUITO legal mesmo, vale muito a pena e aconselho todo mundo a ir... Daqui a dois anos.

Mas como sempre, indo ao que interessa, o livro do qual falo hoje foi uma grande oportunidade para mim. Há um tempo atrás eu dei sorte de "descobrir" um booktour com o primeiro livro da trilogia do Legado Goldshine e, é claro corri para participar. Depois, olhando com mais calma vi que quem estava fazendo o booktour era o próprio autor o Leandro Reis, mais conhecido como @Radrak.
Eu dei sorte de muitas formas, por que além de ter me apaixonado por um novo mundo, o autor é mesmo muito legal e atencioso.

Eu não pude conhecê-lo pessoalmente na Bienal, mas comprei logo a trilogia do Legado, para vocês terem uma ideia do quanto gostei do primeiro volume da história.

Bom, a história. Para falar a verdade eu nem sei por onde começar precisamente. Foram muitas e grandes as surpresas que me abalaram (positivamente) e me deixaram sem fôlego. 
O Mundo aqui é outro. Medieval e dividido em vários reinos. Com reis e rainhas e uma guerra iminente contra um grande mal. Parece algo que você já leu? Não se engane. É aqui que tudo se torna diferente.

Primeiro, o protagonista. Galatea Goldshine. A escolha de uma mulher para heroína foi uma das coisas que me fez gostar especialmente de Filhos de Galagah. E ela é absolutamente linda. Sério mesmo. Todos os homens simplesmente tem que olhar para ela uma segunda vez. Eu meio que a imaginei como essas super modelos loiras com mais de 1,80 de altura. Mas com mais músculos, sei lá. Por que o que essa mulher é capaz de fazer em batalha, não pode ser coisa de anoréxica nem a pau. Nem mesmo com a ajuda de Radrak!
Em várias passagens ela é subestimada e quem o faz se arrepende amargamente. Ela é muito justa e sua fé em seu Deus é tão grande que ela provavelmente é capaz de fazer qualquer coisa em nome dele. Ela é o melhor herói que eu vejo em muito tempo. Mas Galatea é boa demais para uma garota de 17 anos. Quero dizer, qual é o defeito dela? Ela se foca totalmente em sua missão e em sua fé. Isso é possível? É um pouco fora da realidade que alguém seja tão perfeito. É meio sobrenatural que ela seja praticamente uma Deusa. E as pessoas não param mesmo de endeusa-la, então, eu meio que concordo com a Iallanara quando ela se cansa de todo mundo morrendo de amores pela Galatea e fazendo tudo por ela antes de ela precisar pedir.
Mas no caso da Iallanara é puro despeito. No meu caso é... Lógica?
Sei lá.

Isso me faz pensar no nosso anti-herói a co-protagonista Iallanara. Curiosamente, o personagem com quem mais me identifiquei. Eu gostei dela de graça no começo, mas depois foi se tornando algo justificavel. Ela teve uma infância terrível e esteve sempre sozinha. Eu acredito que os demônios que ela tem que enfrentar são piores do que os de Galatea. E ela é ruiva. Como eu. Por que ela não pode ser mais bonita do que a Galatea? =X
E ela é bruxa. O que pode ser mais legal do que ser bruxa? Nada, se você é da geração Harry Potter como eu.
Mas assumo que ser bruxa do jeito da Iallanara não é muito legal não. Mas eu estou MUITO na torcida por ela!
\o/
GOGOGO Iallanara! Go!

Segundo, talvez a principal razão por trás da coisa toda de gostar da história: Dragões! O que pode ser mais legal que Dragões?
*-*
E, aqui, eles foram usados com o devido respeito. Eles são super foda e poderosos. Nada pode ser melhor que dragões. Infelizmente eu não os vi em sua verdadeira forma, mas espero que tenham batalhas épicas cheias de dragões em seu poder total no futuro!
*O*

E também tem o Ethan. Que é suuuuper foda. Já viveu alguns séculos e é cheio de mistério e sabedoria. E Sephiros que é um Elfo mago. Um. Elfo. Mago.
Meu coração esta dividido entre os dois e não sei dizer qual deles é o "meu" cara. Vamos continuar lendo para ver qual deles vai me fazer cair de joelhos. Não sei mesmo de qual dos dois eu gosto mais.

...
O quê?
Toda série tem que ter aquele personagem especial que faz seu coração bater mais forte com as situações que o colocam em perigo e...
...
Ah, ta bom. Eu sou a estranha que se apaixona por personagens de livros. E daí?
¬¬

Mas, acima de todos eles está Gawyn. Ele é um elfo que foi criado por humanos como escravo. Ele também teve uma vida muito difícil. Mas a forma dele de lidar com isso é brilhante. Ele é MUITO, MUITO engraçado. Eu ri alto sozinha por causa dele. Tive que fechar o livro para rir dele várias vezes. Aliás, depois de um final SUPER TENSO com várias reviravoltas e uma leitura frenética para saber logo o que diabos ia acontecer, eis que me surge Gawyn e me faz terminar o livro morrendo de rir.
Ele é o melhor personagem para mim. Ele tem variações de humor, sim, mas nada disso afeta o jeito dele de ser. Tipo o Peter Parker dos quadrinhos, sabe?
Solta-lhe um soco na cara seguido de uma piadinha sobre isso.

Filhos de Galagah nos conta o começo da jornada de Galatea para trazer uma paz há muito almejada por seu povo e sua família. Ela se torna uma Guardiã da Vida, tomando o lugar que era de seu irmão mais velho e primogênito. Sob a sombra do maior inimigo de sua família, que também é a personificação do mal, Enelock. Ela tem a "sorte" de encontrar alguns amigos em sua jornada. Mas ela também encontra muitos problemas.

A todo momento confusões apararem e Galatea se envolve inclusive, nas que não tem nada haver com ela. São problemas inusitados, são problemas intensos. São problemas mesmo.
Mas Galatea tem fé, tem coragem, tem amigos. E juntos, minha nossa, eles fazem um estrago bonito mesmo. Aliás, Galatea sozinha, apenas com sua espada e seu escudo, faz um estrago TREMENDO. É muito movimentada toda a cena de batalha e você entra tanto no clima que é capaz de xingar quando algo da errado.
Não dá para supor nada sobre o que pode acontecer em seguida e isso é o mais interessante. Você lê sem saber onde aquilo vai dar. Eu praticamente não larguei o livro. Foi emocionante, para dizer o minimo.

Tenho que ressaltar que o mundo criado aqui é muito bem trabalho. Você é o tempo todo introduzido a novas religiões, dogmas e a um mundo inteiramente novo e tão completamente bem construído quanto a Terra Média, Nova Éther ou Westeros. Há muitas especies racionais coexistindo, sociedades que interagem em vários níveis e muitas referencias que eu adoro, como os Elfos, os Centauros e mesmo os assustadores Mortos-Vivos. 

Achei que faltou romance. Claro que esse não é o foco da história, mas eu gosto quando tem um romance acontecendo em alguma história secundária, sei lá. Sabe o lance do amor que sobrevive a toda a guerra e todo o mal e coisa e tal? Pois é, é minha parte preferida. Xp

Veja bem, se você não reparou, a minha reclamação sobre a história é sobre a perfeição da protagonista... De tudo o que eu já reclamei na minha vida de blogueira, acho que essa é a minha reclamação mais leve.

Eu já agradeci ao Leandro pela maravilhosa oportunidade de conhecer seu mundo e me apaixonar por ele. Eu comprei a trilogia inteira na Bienal e espero terminar de lê-la em breve. Ela agora está em um lugar muito especial da minha estante, ao lado de J.R.R. Tolkien, George R.R. Martin e Raphael Draccon. E juro por Deus, não deixa nada a desejar para nenhum deles. É um lugar de destaque! Muito merecido.

Eu adorei. Não tenho como recomendar mais.
Leiam. Leiam. Leiam.
É uma ordem!
...
Vocês já sabem o que acontece quando me desobedecem, certo?

Pedobear vai pegar vocês.

Dou 5 estrelas, entra para os favoritos e entra para o cantinho mais especial da minha estante.
Muito foda.
Vejam o site do autor, com mais informações sobre a trilogia do Legado Goldshine aqui. E aqui.

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                       Citação
"Jamais deixe um inocente para trás e eles se inspirarão em seus atos para sempre. - ouviu, em sua mente."
(Filhos de Galagah - p.288)

"O elfo pegou uma pedra e atirou em Gawyn, acertando-o na testa.
- Ei! - protestou o espadachim, passando a mão no ferimento.
- Pelo velho carvalho, me desculpe. - O elfo mago corou de vergonha. - Não foi minha intenção...
Iallanara, que saía, parou e ficou observando-os por poucos segundos.
- Você segura adagas e flechas, mas é derrotado por uma pedra? - perguntou.
- Não funciona com elfos... - resmungou Gawyn, rindo em seguida.
Sei... - a ruiva sorriu."
(Filhos de Galagah - p.336)

Matta ne!

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2 comentários:

  1. Tenho ouvido falar muito bem do livro. Ainda não me rendi...
    Acho que não é meu estilo.
    E ainda bem que a diversidade existe... assim são livros e livros de todos os jeitos, para todos os gostos.
    rs

    Beijinhos
    http://resenhandomm.blogspot.com

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  2. que legal q gostou da trilogia =) e veio a ser mais uma torcedora da Iallanara heheh


    chegou a ver esta arte dos dragoes?
    http://liciniosouza.deviantart.com/gallery/#/d2itd4m

    super abç

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