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domingo, maio 06, 2012

Amante Meu - J.R.Ward


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"Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenvolve-se uma furiosa guerra entre os vampiros e os seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. Enquanto eles defendem a raça dos redutores, a lealdade de um vampiro especial será posta a prova - e sua perigosa natureza será revelada... John Matthew já percorreu um longo caminho desde que foi encontrado vivendo entre os humanos, mas de natureza vampira desconhecida. Recolhido pela Irmandade, ninguém poderia adivinhar qual é sua verdadeira história ou sua real identidade. A bela Xhex lutou contra a atração que sentia por John, mas o destino provou aos dois que o amor é inevitável."
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Ora muito bem! Não é que faz um tempão que eu não venho por aqui?

Bom, não vou entrar em detalhes, mas a minha vida literalmente virou de pernas para o ar do final do ano passado para cá e deu uma leve piorada nos últimos meses, então tive que escolher quais eram as prioridades.
Problemas a parte, eu li muitos livros desde a última vez que eu fiz uma resenha por aqui, o que quer dizer que estou com várias outras resenhas pendentes para postar. Acho que dá para esperar várias atualizações por aqui. Ou sei lá.

Ah, bem. Vamos lá, John Matthew.

Eu cheguei ao oitavo volume da Irmandade da Adaga Negra já me perguntando como eu ia aguentar. Não é segredo para ninguém que eu não suporto o tal do John. Ele é um bebê chorão sem graça que passa bem longe do vampiro que foi em outra vida, Darius.
Ele é um pé no saco e pronto.
Mas daí eu comecei a ler o livro do John e adivinhem?
Ele é um pé no saco mesmo.

Em Amante Meu, o foco principal está em John Mattew. Quem segue a série sabe bem de todos os sofrimentos e blá, blá, blá da vida desse insuportável. Vimos ele ser resgatado do mundo dos humanos, o vimos se apaixonar pela Xhex ainda antes de passar pela transição, vimos ele descobrir um pouco de como é ter uma família e vimos ele perder tudo também. Nos sabemos desde o começo que ele é a reencarnação do Irmão Darius, mesmo que ele mesmo e os outros Irmãos não saibam. E sabemos, principalmente, que ele sofreu um estrupo e por causa disso não consegue ter relações sexuais. A não ser com Xhex.

Esse vampiro passou por coisas o suficiente para surtar de vez e se tornar um Zsadist da vida. Mas é claro que eu não daria tanta sorte. John se tornou apenas... o John.

E minha nossa! Esse foi o mais difícil dos livros da Irmandade. Não apenas por que eu tive que aturar o John... Francamente! Eu li Amante Revelado e lidei com a Marissa! Nada pode ser pior que isso! 

Foi o mais difícil por que Amante Meu parece um trambolhão de introdução. Sei lá. Tem coisas em aberto demais para ser muito conclusivo. E eu, pessoalmente, me interessei muito mais pelas histórias paralelas do que pela história principal.
E você há de convir: se a história principal não te interessa tem mesmo alguma coisa errada.

Uma coisa notável em todo o volume é o melhor desenvolvimento da história. Acho que a autora tem mais liberdade e páginas para contar sua história como quer contar e isso se reflete no livro de forma muito clara. A leitura flui bem, apesar do personagem principal ser horroroso.

Aliás, depois do sequestro de Xhex, John consegue ficar ainda mais insuportável do que já era! Fiquei muito tentada em pular as partes dedicadas a ele e seguir em frente um pouco mais feliz. Mas logo percebi que se eu fizesse realmente isso perderia uma parte muito interessante da história, para não dizer importantíssima, que caberia a Xhex. E aí não dava.

E a Xhex. Nossa, ela merecia todo um capitulo de opiniões a parte. Ela é, de longe, a mais forte das shellans. Não por ser metade simpato. Nem mesmo por ser mesmo uma assassina treinada e uma combatente sem igual em batalhas. Mas por ter tanta fibra, tanta força de vontade e tanto caráter que acabam impressionando muito mais do que suas habilidades como guerreira.

Ela sim passa por torturas físicas e psicológicas suficientes para se enlouquecer. E ela fica choramingando? Se enchendo com bebidas ou sendo malcriada e antissocial? Não, claro que não. Ela luta. Ela sempre vai lutar. Não faz parte da natureza dela desistir sem luta. Ela luta até contra seus próprios sentimentos, poxa vida!

E foi Xhex quem não me deixou abandonar o livro.

Apesar de passarmos por todo aquele momento super chato e clichê em que a Xhex não faz outra coisa a não ser negar o que sente pelo John e jurar que realmente acredita que ele ficará melhor sem ela, não vi nenhum motivo muito valoroso da parte dela para ficar de tanta lenga-lenga do tipo "ai, não me toque, eu vou te destruir. Não podemos ficar juntos!" Sério mesmo. Cansei demais quando era os dois juntos.

Que saudade do tempo da química entre casais! Tipo Wrath e Beth, Rhage e Mary e Zsadist e Bella! Falando sério.

Mas, a muito das histórias paralelas para que você se entedie! A gente descobre mais sobre a vida de Darius e de Thor!
Eu sempre gostei muito do Thor. E já é bem legal que ele venha reagindo a depressão em que ele se enfiou desde a morte da Wellsie e do filho.

Tem uma historinha paralela de uns caçadores de fantasmas que eu sempre me perguntava "WTFG???" quando o capitulo começava e que só fui entender bem no final do volume. Pensava que a Ward tava surtando no aleatório, mas parece que quem estava enganada era eu! Nada com a Ward é por acaso afinal.

E tem mais um pouquinho de Vishous para quem curte. Eu gostei bastante do rumo das coisas e odiei ainda mais a mamãezinha mimada dele. Sério que ela quer ser idolatrada por ser tão vaca?

E a boa fase sem Redutores Chefes mega chatos continua! Apesar de o Lash ser um grande pé no saco, ele é mais coerente e justificável do que os outros "chefes" da sociedade redutora. E ele está passando maus bocados com o papaizinho dele! O que pelo menos torna as coisas divertidas para quem não aguenta mais ele maltratando a Xhex.

E agora a parte mais divertida!

Qhuinn e Blay!

Eu simplesmente A-D-O-R-E-I ver o Qhuinn sofrendo por causa do caso do Blay com o Saxton!
XD
Foi muito legal ver o lado sentimental do idiota que pensa diferente do que o coração sente. Claramente, Qhuinn vai mudar um bocado antes de ele conseguir se resolver com o pobre Blay. Mas eu torço muito, muito pelo casal e espero ansiosa o livro deles, que a J.R. Ward já confirmou!
^^
E espero que ela consiga dar conta das cenas quentes entre os dois... *-*
E Layla, sai pra lá!
Ainda não é a sua vez.
Humpf!!!


Vou dar 4 estrelas. Por que eu não gosto mesmo do John, mesmo depois de tudo.

________Citação

"- Diga a palavra Qhuinn. Faça isso e eu passarei a noite com você.

- Melhor ainda - Blay falou arrastando as palavras. - Por que você
simplesmente não me beija..."
(Amante  Meu - p.288)

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Aaaaaah!!
Qhuinn e Blay! s2

Ja ne!

domingo, fevereiro 05, 2012

Amante Vingado - J.R.Ward


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"Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenvolve-se uma furiosa guerra entre os vampiros e os seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. Enquanto eles defendem a raça dos redutores, a lealdade de um vampiro especial será posta a prova - e sua perigosa natureza será revelada... Rehvenge sempre manteve distância da Irmandade, pois guarda um letal segredo que poderia fazer dele uma arma na guerra contra os redutores. E enquanto as conspirações dentro e fora da Irmandade ameaçam revelar a verdade sobre o ele, Rehv se aproximará da única luz que clareia seu mundo de escuridão e jogos de poder, Ehlena, uma vampira que nunca conheceu a corrupção e traição... é a única que pode salvá-lo da destruição eterna."
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Ah, bem. Senhor Rehvenge. 

Eu acho que eu estou ficando uma velha chata. Demorei um tempo extraordinário para terminar o livro do Rehvenge. Sério, mais tempo do que levei com os tenebrosos Amante Revelado, Amante Liberto e Amante Consagrado.
Tá, tô exagerando chamando-os de tenebrosos. Mas, foda-se. 

E não foi culpa do Rehv a demora.

O caso com o Rehv, então. Seu livro foi simplesmente intenso.

Para começo de conversa, eu achei muito, muito estranho, um negocinho sobre a anatomia do senhor Reverendo que nos é dito ainda  em Amante Consagrado. Eu fiquei tipo "WTFG!" e não me acostumei.
Continuo batendo na tecla de que a J.R.Ward podia maneirar um pouco com as perversões e coisa e tal -mas- vou ignorar e fingir que ela só está questionando as relações pessoais e coisa e tal.

Esse detalhe super estranho a parte (se você não sabe o que é, me pergunto por que você está lendo esta resenha, vá terminar de ler o livro do Phury), o Rehv é tão FOFO!
*O*

Eu gostei do título do livro dele, muito haver com a história que o Rehv tem para nos mostrar. Apesar de Rehvenge acreditar honestamente que ele só pode ser mal, que ele está imerso em sujeira e que um sujeito como ele não merece a felicidade e uma fêmea de valor, ele é simplesmente fofo! Rehvenge é mesmo muito violento, não tem como negar isso. Ele controla todo o mundo a sua volta com punhos de aço e não tem segundas chances com ele.

Mas vou admitir sem preâmbulos: Eu cai de amores pelo Rehvenge! Não rolou uma química entre nos dois como foi o caso com o Z., nem fui pega tão desprevenida com a intensidade marcante de um macho como foi com o Wrath. Também não foi tão romanticamente erótico como foi o Rhage. Mas foi bom.
Talvez o problema tenha sido realmente o lance da anatomia e coisa e tal...

Mas foi algo como o que aconteceu comigo e Zsadist. E não. Eu não amo o Rehvenge o mesmo tanto que eu amo o Z. Aquele vampirão sociopata com uma cicatriz horrorosa é o dono do meu coração. Mas Rehvenge acredita realmente que ele não tem nenhum valor. Assim como Z. acreditava antes dele. Isso é muito triste.
Apesar de ser um chefão das drogas, cafetão e ele mesmo sendo obrigado a se prostituir, as ações de Rehv, totalmente erradas, costumam ter uma intenção honrada por trás delas. Cada crime que ele comete, costuma ter um propósito "bom". Não que isso o justifique. Mas Rehv governa com suas próprias leis. Esse é o mundo dele.

Eu fiquei muito tocada com ele. Rehv tem toda uma potência avassaladora que mantem inclusive as pessoas a certa distância, mas ao mesmo tempo, algo aquele ar de quem foi abandonado aos seus próprios erros. Como cães de rua que as vezes são ameaçadores, mas por que essa é a forma que eles aprenderam a usar para sobreviver. Parece até pecado comparar o Rehv com um cachorro. Acho que seria mais justo compará-lo a leões que são criados em circos e são maltratados durante anos. Para eles, a única forma de lidar com o medo é atacar. Simples assim.

Tipo, mandar matar e torturar um cara que bateu em uma das suas prostitutas até matá-la...
Ou comandar o assassinato de um regicida para ajudar a Irmandade...
Ou matar o próprio padastro por sempre espancar a mãe e torturar a irmã.

Pequenas coisas como essas. Ou até mesmo se prostituir para proteger a si mesmo e a Xhex de serem descobertos e mortos.
Ou na suavidade com que trata Ehlena com as mesmas mãos que ele usa para matar esmagando.

E Ehlena! Essa sim é uma fêmea de valor! Ela é corajosa, honesta, trabalhadora. A vida dela é cuidar do pai doente e sua vida já sofreu tantas reviravoltas ruins, que ela não tem mais nenhuma ilusão para com a vida. Ela é forte e sensível, apesar de ser muito solitária. Ela, como todos os outros, também tem certo medo de Rehv. Mas ela é a única que encara isso de frente. E sua recompensa é ser olhada com todo o amor por belíssimos olhos cor de ametista...
Ai, ai.
Beeeeeeem legal!

E a Ward não está tratando seus personagens como ilhas! Temos mais um pouquinho da vida dos nossos bons irmãos e suas shellans nesse volume. Não todos, mas alguns. (Por favor continue ignorando a Marissa!)

E eu curti ver mais do Wrath, nosso rei, de novo! Tinha me esquecido de como ele era super legal. Aquela personalidade única unida com aquele tom de voz que não permite contestação... Ai, ai.
Mas a vida dele e da rainha Beth está longe de ser só flores. Mas, apesar de ser um machão com toda a força da palavra, ele se dobra sempre diante de sua shellan. E ao medo de perdê-la, claro.
Tão bonitinho como todos eles deixam de ser feras terríveis e perigosas diante de suas fêmeas.

Que são, na verdade, quem mandam na casa. Normal, vocês sabem.
XD

E, em favor da Editora Universo dos Livros, a tradução está primorosa! Ainda pegando um pouco leve demais para os padrões da Irmandade, que solta tremendos palavrões na versão original, mas melhorando a cada livro. 
Agora lemos o "período de necessidade" e não "cio". E as vampiras comemoram!!! Muito legal deixarem de ser cachorras! haha
O Wrath e sua boca suja está por toda parte, como deve ser. E nada de pênis, mas sim, "membro" e esse é uma vitória particular. \o/ Muuuuuuito bom mesmo.

Tô nem aí se na versão original é pênis mesmo. Eu gostei de ler membro.
Mais misterioso e erótico.

Pronto falei.

Eu gostei um tantão. No final o livro engrena e tudo termina no estilo da Irmandade. O diálogo final entre reis também é divertido. Eu gostei de como as coisas funcionaram.

Apesar de ser batido o lance do sequestro, já que, Zsadist já protagonizou o episódio com maestria insuperável. Ele é demais!

John, você é um pé no saco! Eu te detesto profundamente. Supera cara! Que saco. ¬¬

Vou dar 5 estrelas. Por que eu quero e pronto.



___________Citação

“Acredite-me, se pudesse ter uma ereção, a cama seria o primeiro lugar que te levaria” (Amante Vingado - J.R.Ward)
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terça-feira, janeiro 31, 2012

A Esperança - Suzanne Collins


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"Depois de sobreviver duas vezes à crueldade de uma arena projetada para destruí-la, Katniss acreditava que não precisaria mais de lutar. Mas as regras do jogo mudaram: com a chegada dos rebeldes do lendário Distrito 13, enfim é possível organizar uma resistência. Começou a revolução. 
A coragem de Katniss nos jogos fez nascer a esperança em um país disposto a fazer de tudo para se livrar da opressão. E agora, contra a própria vontade, ela precisa assumir seu lugar como símbolo da causa rebelde. Ela precisa virar o Tordo. 
O sucesso da revolução dependerá de Katniss aceitar ou não essa responsabilidade. Será que vale a pena colocar sua família em risco novamente? Será que as vidas de Peeta e Gale serão os tributos exigidos nessa nova guerra? 
Acompanhe Katniss até o fim do thriller, numa jornada ao lado mais obscuro da alma humana, em uma luta contra a opressão e a favor da esperança."
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Minha nossa. Jogos Vorazes.

Eu acho que essa série pode ser definida como a série da sua vida. De uma maneira ou de outra, ela vai te marcar com tanta força, que você se torna alguém diferente quando termina de lê-la.

No meu caso, especificamente, eu terminei de ler a edição brasileira ainda em 2011. Depois desse livro eu li mais alguns e tal, mas não consegui escrever nada sobre nenhum dos outros depois desse.
O caso é que a trilogia que a Suzanne criou, tão magnificamente bem, te consome. No final, você sobrevive, mas é isso. É só isso. Não há mais nada. Há vazio. Há dor. Apenas isso.
Você está igual a Katniss, a garota em chamas.
Você acorda, come, dorme e segue toda aquela sua rotina normal. Mas é apenas isso. Você continua por que tem que continuar, por que não há outra opção.

Mas o sentimento de desastre, de perda e de felicidade e tristeza ao mesmo tempo permanece.

Muitas pessoas reclamam que tanto Em Chamas, quanto A Esperança tem ritmo mais lento, que a história tem seus altos e baixos e que especialmente em A Esperança as coisas tendem a ser tediosas até.
Essas pessoas são seres abissais que foram criadas pelo pedobear que não foram absorvidos pela história como todo o resto da humanidade foi. Biltres.

O ritmo dos livros é diferente? Sim. Mas isso não pode ser considerado tedioso, uma vez que é tudo necessário para que o crescimento dos personagens aconteça.
São momentos diferentes, mas a tensão que te acompanha, desde o momento em que Katniss se oferece como tributo, ainda em Jogos Vorazes, alcança níveis alarmantes em Em Chamas e em A Esperança.

A todo o momento você sabe que não pode esperar nada de bom. Você sabe que tudo vai dar errado, a questão é apenas quando e como. Suzanne deixou isso claro lá atrás, ainda em Jogos Vorazes. Esse não é um livro para as coisas darem certo.
Você lê com uma sensação ruim no estômago.
Falando claramente, você não espera um final feliz. Por que sabe que isso não é possível e não faz sentido. Se você espera um, mesmo depois dos dois outros volumes, você é estúpido. E pronto.

Ou distraído, vai saber Deus.

E, santo Deus, como a Katniss suporta tudo aquilo, eu nem imagino.
Eu já a tinha aceitado como uma sobrevivente, mas isso tudo foi, na falta de uma palavra melhor, inacreditável.
Sei que existem pessoas que sobrevivem a desastres repetidamente. Essas pessoas, que escolhem sobreviver independente do que viveram e viram, são muito mais fortes do que eu.
Eu sei que eu não conseguiria.

Acho, e isso é a minha opinião, que apesar de ter sido seguidamente injusta, cabeça dura, cega e completamente insuportável uma porrada de vezes, Katniss é a personagem mais incrível com que eu já tive a oportunidade de compartilhar meu tempo.

Por mais que tentassem, por mais que parecesse o contrário, até o fim, Katniss não pode ser controlada.

E eu vi tanta beleza nisso!
*-*
Mas ela é uma filha da puta, sim.

O maior mérito de um livro é fazer com que seus leitores visualizem, sintam e se percam na história com tanto fervor que até mesmo as atividades diárias sejam negligenciadas em favor de sua conclusão. Quando você abre aquele volume, seu coração vibra exatamente na mesma sintonia da história e quando você fecha aquelas páginas sem concluí-lo você se sente inquieta e a única coisa em que você consegue pensar é naquele livro e no que diabos está acontecendo nas páginas que você ainda não leu. 

Como eu já disse nas resenhas de seus volumes anteriores, a série Jogos Vorazes não é satisfatória. Ela é tão realista que assusta, consome, machuca.

Mas mesmo assim você é arrebatado.

Acho que a única coisa ruim em A Esperança é a Katniss e sua indecisão de se tornar O Tordo. Já tinha reclamado disso antes e falarei de novo: A Katniss quando está dividida, quando ela ainda não se decidiu quanto ao que fazer, tende a ser cruel e insuportável.

É uma série dificil de ler, sem dúvida. E, percebo agora, que ao final dela eu entrei em uma inevitável depressão fim de livro. Acontece.
A última vez comigo foi em 2007, com o final de Harry Potter. E levemente com Percy Jackson.

A comparação entre as séries aqui é diferente de qualquer outra comparação que eu já tenha feito antes. Sabendo que Harry Potter foi a série da minha vida, eu coloco Jogos Vorazes no mesmo patamar.
Os dois finais foram insatisfatórios para mim. Por razões diferentes, mas isso já era o esperado para Jogos Vorazes.

E não confunda as coisas, Batman.

O final é insatisfatório mas perfeito. Não poderia haver um final feliz, colorido e perfeito para Katniss e todos os outros. De maneira nenhuma. Mas foi perfeito, como foi.
Não posso falar muito sem destrinchar toda a história e dar spoilers terríveis. Evitei inclusive falar do Peeta, aquele garoto incrível e maravilhoso. Por que não há como falar sobre ele sem falar tudo.

E, curiosamente, pela primeira vez li umas resenhas antes de escrever a minha própria e percebi que as pessoas que escrevem sobre A Esperança não conseguem falar sobre a história em si, mas falam sobre o que sentiram quando a leram.

E isso, mais do que qualquer outra coisa, torna a série tão extraordinária. Ela te faz SENTIR.

Seja por que você ficou horrizado e não aceita uma realidade onde crianças tem que matar umas as outras por entretenimento, ou por que o garoto do pão te conquistou com palavras e atitudes ou ainda pela coragem e natureza incontrolável da garota em chamas, você sentiu tudo. Cada vez que sangue gotejava, que tudo o que se podia ouvir era o suspiro agonizante de algum tributo, ou quando algo terrível poderia acontecer primeiro na arena, depois nos campos da guerra, quando tudo era manipulado por mentes cruelmente criativas, você sofria tudo.

Cada perda, indignação, covardia e crueldade que a Katniss sofria, é ao mesmo tempo com você.
Eu inclusive chorava, quando a própria Katniss não o fazia. Ou por que não podia ou por que não conseguia. Eu o fazia por ela.

Foi uma viagem e tanto, essa ao mundo de Panem. Sou mais do que grata por cada parágrafo e essa série é de longe uma de minhas favoritas.

Doeu? Sim. Muito.

Mas poucos livros valem tanto a pena. E talvez nenhum outro possa me apresentar uma história que me consuma tanto.



_________Citação

[...]Quando ele sussurra, "Você me ama. Real ou não real?" Digo-lhe, "Real".
(Katniss - A Esperança )

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Em Chamas - Suzanne Collins



AS FAGULHAS SE ACENDEM
AS CHAMAS SE ESPALHAM
E A CAPITAL QUER VINGANÇA


"Depois da improvável e inusitada vitória de Katniss Everdeen e Peeta Mellark nos últimos Jogos Vorazes, algo parece ter mudado para sempre em Panem. Aqui e ali, distúrbios e agitações nos distritos dão sinais de que uma revolta é iminente. Katniss e Peeta, representantes do paupérrimo Distrito 12, não apenas venceram os jogos, mas ridicularizaram o governo e conseguiram fazer todos - incluindo o próprio Peeta - acreditarem que são um casal apaixonado.
A confusão na cabeça de Katniss não é menor do que a das ruas. Em meio ao turbilhão, ela pensa cada vez mais em seu melhor amigo, o jovem caçador Gale, mas é obrigada a fingir que o romance com Peeta é real. Já o governo parece especialmente preocupado com a influência que os dois adolescentes vitoriosos - transformados em verdadeiros ídolos nacionais - podem ter na população. Por isso, existem planos especiais para mantê-los sob controle, mesmo que isso signifique forçá-los a lutar novamente."
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Nossa! Por onde começar?

A verdade é que não há muito o que falar. Esse livro é perfeito e qualquer coisa que eu diga além disso é floreio.

Em Chamas é meu livro de sufoco. Ele sempre vai me fazer sentir MUITA afinidade com a Katniss com relação a sua grande indecisão. Ela é super filha da puta, mas entendo seus dilemas.

A verdade é que, a Katniss em seus momentos de transição, antes de aceitar seu fardo e mover a bunda magrela do lugar, me irrita muito. Ela fica molenga, propensa a fazer escolhas idiotas e faz todo mundo sofrer no processo.

Ela sempre tem tanto potencial. Como já foi dito sobre ela uma vez "- Você é ouro em pó!" E ela é, mesmo.

Acontece que se você sofreu aqueles momentos de tensão em Jogos Vorazes e ali já pensava que a ameaça iminente era grande, pense duas vezes. A sensação ruim de que algo vai dar errado continua mais do que presente, mas agora ela não vem na forma das consequências, mas sim, de uma clara ameaça.

Uma ameaça feita com todas as letras, com cheiro de rosas e sangue.
Para todo mundo que pensava que ao fim dos jogos tudo estaria bem, eu me sinto na obrigação de avisar: Nada, nunca, está bem.
Eu disse isso na minha resenha de Jogos Vorazes e vou repetir agora: "E, mesmo quando terminá-lo, não vai se sentir seguro ou satisfeito. E não há alternativa."
Suzanne ainda mantém a mesma linha de narrativa, daquele modo extraordinário de nos prender as páginas e aos sentimentos da personagem principal, Katniss. Continua sendo tão impossível quanto antes, talvez até mais do que antes aliás, largar o livro por aí para seguir com sua vida.

E nem tente fazer isso. Nenhuma vida pode ser mais interessante do que esse livro.

Em chamas vai narrar a história de Katniss durante a turnê da vitória dela e de Peeta. A verdade é que naquele momento final do ultimo jogo, quando Katniss e Peeta decidiram comer aquelas "amoras-cadeado" ficou subentendido para todos os Distritos que aquilo era um ato de rebeldia contra a Capital.
Agora, eles vão ter que provar, durante a turnê da vitória, que aquilo não foi um ato de rebeldia, mas sim de louco amor.

Tudo acontece tão rápido, é tanto ação e tudo é tão frenético, que eu me perguntava o tempo inteiro enquanto lia como alguém podia suportar tanto.
E, é claro, me lembrei por que eu guardava um certo rancor para com a Katniss.

Me lembrei também do por que o Peeta é simplesmente um garoto incrível e especial.
Eu amo e odeio esse livro na mesma medida. Ele é perfeito, sem dúvida. Mas, da mesma forma que te conquista ele te machuca.
Ele é cruel, frio, calculado. Consome tudo.

Um pouco como sexo, acho.
Sabe? Como você simplesmente não quer existir depois do orgasmo por que sentiu absolutamente tudo e agora está vazio?
Pois é.

E tenho pena de quem não entendeu.

E, devo deixar o maior de todos os avisos até agora: Não termine de ler Em Chamas sem ter A Esperança em mãos. Não dá para, simplesmente, ler o último parágrafo de Em Chamas sem ficar enlouquecidamente curioso com o que está acontecendo.
E tenho dito.
Caso contrário, você estará sofrendo em vão cara-pálida. 


Acho que esse é o meu favorito da trilogia. Difícil decidir, mas quase acredito nisso.

Sabe que, curiosamente, estou com bloqueio para escrever as resenhas dessa série. Terminei de ler em chamas dia 15 e só consegui fazer a resenha hoje, a mais curto do blog, acho. Nem sei quando vai sair a de A Esperança que terminei também no dia 15. Veremos.


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_________Citação


"Você poderia viver centenas de vidas e não merecê-lo."
(Haymitch para Katniss, sobre Peeta - Em Chamas)

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quinta-feira, dezembro 01, 2011

[Compêndio] O adeus de Z. e Bella


A Editora Universo dos livros disponibilizou um trecho do compêndio, onde se pode ler a outra versão do Adeus de Z. e Bella. Eu estou postando aqui por que, na verdade, eu quero guardá-lo para mim. E, aqui, fica fácil. Visitem o Blog Oficial da Irmandade. Nele SEMPRE tem grandes novidades. Vale mais do que a pena.



"A cena a seguir não foi exatamente excluída, mas foi uma que editei muito na revisão do Amante Desperto, principalmente por não ter gostado de sua vibração. A verdade é que achei que ela seria pesada demais para o adeus de Z. e Bella, mas me arrependi de não ter seguido o que vi em minha mente. Acredito que a cena do livro publicado ficou boa, mas esta é melhor."
J.R.Ward

Bella guardou suas coisas na mala em menos de dois minutos. Ela não tinha muitas coisas, e o pouco que tinha havia tirado do quarto de Z. na noite anterior. Fritz logo chegaria para pegar as coisas dela e levar para a casa de Havers e Marissa. Dentro de uma hora, ela se materializaria na casa deles e Rehvenge a encontraria lá. Com um guarda.
Entrando no banheiro mal iluminado, ela acendeu a lâmpada acima da pia e conferiu o balcão para ter certeza de que tinha tudo. Antes de se afastar, olhou para seu reflexo no espelho. Deus, ela havia envelhecido.
Sob a luz, Bella ergueu os cabelos, virando-se para um lado e para o outro, tentando encontrar uma maneira de se ver realmente. Depois de desistir, deixou o peso cair e... Zsadist apareceu atrás dela nas sombras, de repente, aumentando a escuridão com suas roupas pretas, armas e humor. Ou então estava ali o tempo todo, decidindo se mostrar apenas naquele momento. Ela deu um passo para trás, batendo numa das paredes de mármore com o quadril. Disse um palavrão e passou a mão na parte atingida.
Repassou todo seu vocabulário com as maneiras com que podia mandá-lo para o inferno.
E então sentiu o cheiro dele. O odor de vinculação era forte. Z. ficou em silêncio, mas não precisava dizer muita coisa. Ela conseguia sentir os olhos dele. Conseguia ver o brilho dourado no canto onde estava.
Ela sabia exatamente por que ele estava olhando para ela. E não conseguia acreditar. Bella se afastou ainda mais, até bater na porta do chuveiro.
– O que você quer?
Palavras erradas, ela pensou ao entrar na área iluminada. Ao ver o corpo dele, ficou boquiaberta.
– Quero acasalar – disse com a voz baixa. E ele estava mais do que pronto.
– Você acha... Deus, você acha que eu me deitaria com você agora? Você está louco.
– Não. Sou psicótico. Pelo menos é este o diagnóstico da clínica. – Ao tirar o coldre da adaga, a porta se fechou atrás dele e foi trancada. Fez isso com a mente.
– Vai ter de me forçar.
– Não vou, não. – Levou as mãos ao cinto e ao quadril Bella observou aquilo que se apertava dentro de sua calça. E o desejou. Deus, ela queria que Z. a abraçasse e não lhe desse chance de dizer não. Assim, ela seria absolvida do que estava prestes a fazer e poderia odiá-lo mais. Poderia...
Z. se aproximou até ficar bem diante dela. No silêncio que se fez, ele suspirou.
– Sinto muito por ser um idiota. E eu não a estaria empurrando a Phury se não pensasse ser o mais certo para vocês dois.
– Está se desculpando apenas por que quer ficar comigo agora?
– Sim. Mas é verdade, de qualquer jeito.
– Então, se não estivesse com desejo neste momento, permitiria que eu partisse?
– Encare isto como um adeus, Bella. A última vez.
Ela fechou os olhos e sentiu o calor que emanava dele. E quando ele colocou as mãos nela, Bella não fugiu. Ele levou as mãos até sua garganta e jogou a cabeça dela para trás, com a boca aberta porque tinha de ser assim.
Ou, pelo menos, era o que ela dizia a si mesma.  A língua de Z. entrou em sua boca enquanto esfregava o quadril contra a barriga dela. Enquanto eles se beijavam, Z. rasgou a camisa dela ao meio.
– Zsadist – ela disse com a voz rouca quando ele segurou o botão de sua calça jeans. – Pare.
– Não.
Ele beijou os seios dela quando levou as mãos para a parte de trás de sua calça, erguendo-a e carregando-a para cima do balcão. Ele gemia alto enquanto afastava as pernas dela e se ajoelhava... com os olhos fixos em seu sexo. Então, soube exatamente o quanto ela estava excitada.
Bella colocou as mãos entre eles.
– Zsadist, se você fizer isso, nunca vou perdoá-lo.
– Não poderei viver com o arrependimento – ele afastou os braços dela com facilidade, prendendo seus punhos – de não ter feito isto com você uma última vez.
– Por que se importa tanto?
Ele puxou as mãos dela para frente, virando-as para que pudesse vê-las por cima. Quando olhou para baixo, balançou a cabeça.
– Phury não se alimentou de você, não é? Não há marcas no pescoço. Nem nos pulsos.
– Ainda dá tempo.
– Ele disse que você não aguentaria.
Ótimo, aquela era a última coisa que ela precisava que Zsadist soubesse.
– E esse é meu castigo? – ela perguntou com amargura. – Você vai me forçar...
Z. mergulhou no centro de Bella. Com todo aquele desejo, ela pensou que ele fosse tocá-la com intensidade, mas em vez disso, apenas roçou os lábios de modo tão carinhoso que ela ficou emocionada. Quando soltou as mãos, ela chorava e segurava a cabeça dele, aproximando-o ainda mais. Ele olhou para seu rosto enquanto ela atingia o orgasmo contra sua língua, observando-a como se quisesse guardar aquelas lembranças preciosas.
– Deixe-me levá-la para a cama.
Ela assentiu quando ele subiu em seu corpo e encostou os lábios brilhantes no pescoço dela. O raspar de suas presas fez com que Bella sentisse esperança. Talvez ele finalmente se alimentasse... Mas quando ele a pegou e abriu a porta, o desejo sumiu do corpo de Bella.
Ela estava indo embora. E ele não a impediria. Também não sugaria de sua veia. Zsadist sentiu a mudança nela imediatamente.
– O que aconteceu?
– Nada – ela sussurrou ao se deitar na cama. – Não aconteceu nada.
Z. parou diante dela, à beira do precipício. Mas então ele abriu o zíper, colocando para fora aquela ereção enorme. Ao deitar-se em cima dela, com a calça ao redor das coxas, ela virou o rosto para o lado.
As mãos dele afastaram seus cabelos.
– Bella?
– Faça logo e deixe-me ir. – Ela abriu mais as pernas para acomodá-lo. Quando a ereção chegou ao centro do corpo dela, Z. gemeu, erguendo-se. Ele não a penetrou, e ela fechou os olhos.
– Bella...
– Eu desceria a mão e colocaria você dentro de mim, mas nós dois sabemos que você não quer que eu o toque. Ou você quer que eu fique apoiada nas mãos e nos joelhos? Seria mais impessoal assim. Nem precisaria olhar para meu rosto.
– Não fale assim.
– Por que não? Caramba, você nem tirou a roupa. E isso faz com que eu me questione por que isto tem que acontecer afinal. Agora que você sabe cuidar de si mesmo, não precisa ter uma fêmea. – A voz dela ficou embargada. – Certamente não precisa de mim.
Fez-se um longo silêncio.
Ela escutou um gemido. E então ele a mordeu. Zsadist afundou as presas e estremeceu ao sentir o primeiro jato do sangue de Bella. Aquela rica textura se derramou em sua boca, e quando engoliu, sentiu o líquido descer por sua garganta. Não conseguiu parar.
Quando decidiu que tomaria sua veia, disse a si mesmo que seria apenas uma mordida, mas quando começou, não conseguiu mais interromper a conexão. Ele a abraçou e a deitou de lado para que pudesse envolver-se melhor ao redor de seu corpo. Bella o puxou para perto, e ele teve certeza de que ela chorava de novo enquanto o abraçava, porque sua respiração estava ofegante.
Acariciando suas costas nuas, ele encaixou o quadril no corpo de Bella, querendo confortá-la enquanto sugava, e ela pareceu se acalmar. Mas ele, não. Seu membro latejava, prestes a explodir.
– Transe comigo – ela gemeu. – Por favor.
Sim, ele pensou. Sim!
Mas ele não conseguia parar de beber para penetrá-la. O poder que sentia era viciante e a resposta de seu corpo, incrível. Enquanto se alimentava, sentiu os músculos contraídos, formando uma proteção sobre seus ossos. Suas células absorviam os nutrientes necessários que seu corpo não recebia havia um século, colocando-os em uso imediatamente.
Com medo de sugar demais e matá-la, Z. se forçou a soltar o pescoço de Bella, mas ela o segurou pela nuca e o puxou para baixo. Ele lutou contra o impulso por um momento, mas gemeu, um som alto e baixo, como o de um cão. Com um movimento repentino, ele a reposicionou e a deitou do outro lado, mordendo com força. Estava subindo nela, prendendo-a, com o odor da vinculação despejando em ondas. Ele era um predador enquanto se alimentava, os braços contraídos enquanto a segurava, as coxas estendidas sobre o corpo dela.
Quando terminou, jogou a cabeça para trás, respirou profundamente e gemeu alto o bastante para fazer tremerem as janelas.
Zsadist olhou para baixo. Bella estava sangrando por causa das duas feridas que ele havia causado, mas seus olhos brilhavam e seu odor sexual emanava. Ele lambeu os dois lados de seu pescoço e a beijou, enfiando a língua em sua boca, tomando, dominando o que era dele... marcando-a agora não apenas com o odor, mas com sua vontade.
Ele estava embriagado por ela, desejoso e carente. Ele era um buraco negro que tinha de ser preenchido. Era o poço seco; ela, a água.
Z. deu um passo para trás e tirou a camisa. Olhando para os mamilos, enfiou os dedos mínimos nos piercings e os puxou.
– Sugue – ele disse. – Como você fez antes. Agora.
Bella ficou sentada, passando as mãos na barriga dele enquanto Z. se deitava de costas na cama. Quando estava esticado, ela subiu em seu peito, colocando a boca exatamente onde ele queria. Quando pegou uma das argolas, ele gemeu de novo, sem se preocupar com a possibilidade de outras pessoas da casa ouvirem.
Queria fazer o máximo de barulho. Dane-se, ele queria gemer até derrubar a porta.
Quando ela sugou, ele tirou a calça de couro e desceu a mão, pegando seu membro e acariciando. Queria que ela colocasse a boca ali, mas por mais agressivo que fosse, não iria forçá-la.
Ela sabia o que ele queria. Colocou a própria mão na ereção e adotou um ritmo que quase o matou. Subia e descia pela extensão do membro, escorregando pela cabeça até a base, enquanto sugava e lambia seu mamilo. Ela estava totalmente no controle, mexendo muito com ele, que estava adorando o aperto, o suor, a agonia de querer gozar sem querer que ela parasse.
– Oh, sim, nalla... – Ele segurou seus cabelos, ofegante. – Faça isso.
E então ela desceu pelo peito, indo para a barriga. Ansioso, ele mordeu o lábio inferior com tanta força que sentiu o próprio sangue na boca.
– Tudo bem para você? – ela perguntou.
– Se estiver bem para você... – Ela o cobriu com seus lábios. – Bella...
Seus lábios eram gloriosos. Úmidos e quentes. Mas ele não duraria mais do que trinta segundos daquele jeito.
Ele se sentou e tentou tirá-la de seu colo, mas ela resistiu.
– Vou gozar... – ele gemeu. – Meu Deus... Bella, pare. Eu vou...
Ela não parou. Nem ele...
A primeira convulsão foi tão forte que ele se deitou no colchão.
A segunda ergueu seu quadril, fazendo com que ele fosse ainda mais fundo em sua boca. E a terceira o levou ao céu. Assim que ele se recompôs, aproximou-se dela, beijando-a. Sentiu seu próprio odor de vinculação na boca e língua dela e gostou que estivesse ali. Adorou.
Ele a virou.
– Agora é a sua vez. De novo.
– Você está bem? – Zsadist perguntou algum tempo depois.
Bella abriu os olhos.
Z. estava deitado ao lado dela, com a mão apoiada no braço dobrado.
Caramba, o corpo dela estava marcado por fora e por dentro. Mas o prazer que ele havia sentido fazia valer tudo. Zsadist a havia amado com intensidade, como ela queria que ele fizesse.
– Bella?
– Sim. Sim, estou.
– Você disse que não queria ser vingada. Ainda quer isso?
Ela cobriu os seios com as mãos, desejando que a vida real tivesse ficado longe por um pouco mais de tempo.
– Não consigo imaginar você saindo e se ferindo por minha causa.
Ele não disse nada e ela esticou o braço para tocar sua mão.
– Zsadist? O que está pensando? – O silêncio continuou até ela não mais aguentar. – Fale comi...
– Eu amo você.
– O quê? – ela perguntou.
– Você escutou muito bem. E não vou repetir. – Ele ficou em pé, pegou suas roupas de couro e as vestiu. Depois, entrou no banheiro.
Voltou um momento depois com as adagas nos coldres do peito e a arma na cintura.
– O problema, Bella, é que não posso deixar de sair para caçar o redutor que fez aquelas coisas com você. Nem os idiotas com quem ele trabalha. Não dá. Então, ainda que eu fosse perfeito como Phury, ainda que eu soubesse ser educado, mesmo que eu não estragasse a sua família, não posso ficar com você.
– Mas se você...
– Tenho a guerra no meu sangue, nalla. Então, mesmo que não tivesse sofrido no passado, ainda assim teria de estar no campo lutando. Se eu ficar, você vai querer que eu seja diferente do que sou e não posso me tornar o tipo de hellren que você precisa. Minha natureza acabaria falando mais alto.
Ela esfregou os olhos.
– Se eu seguir essa lógica, como pode pensar que ficarei com Phury?
– Porque meu irmão está cansado. Em parte, por minha causa.
Mas acho que teria acontecido de qualquer modo. Ele gosta de ensinar aqueles recrutas. Eu o vi treinando em tempo integral, e vamos precisar disso. Seria uma boa vida para você. Bella abaixou as mãos com raiva e olhou para ele.
– Preciso que você se cale a respeito do que acha melhor para mim. Não me interesso nem um pouco em suas teorias sobre o meu futuro.
– Acho justo.
Ela olhou para ele, concentrando-se na cicatriz que arruinava seu rosto. Não, não arruinava, ela pensou. Ele sempre seria bonito para ela. Um belo macho. Esquecê-lo seria tão difícil quanto esquecer seu sequestro.
– Nunca mais vou encontrar alguém como você – ela disse. – Para mim, você sempre será a pessoa certa.
E aquele era seu adeus, Bella pensou.
Z. se aproximou e ajoelhou-se ao lado da cama, mantendo os olhos amarelos e brilhantes. Depois de um momento, ele segurou sua mão e ela escutou um som metálico... e então ele pressionou uma das adagas contra a mão dela. O objeto era tão pesado que ela quase precisou segurá-lo com duas mãos. Olhou para a lâmina negra, com o metal refletindo luz como uma piscina à noite.
– Marque-me. – Ele apontou para o peito, acima da cicatriz em forma de estrela da Irmandade da Adaga Negra. – Aqui. – Inclinando-se rapidamente, ele procurou na cabeceira pelo prato de sal que veio com a comida. – E que seja permanente.
Bella hesitou por apenas um segundo. Sim, ela pensou: queria deixar algo que ficasse nele, algo pequeno que o lembrasse dela por toda a vida. Ela virou-se pousando a mão livre no ombro. A adaga ficou mais leve em sua mão quando levou a ponta da arma contra sua pele. Z. estremeceu quando ela começou e o sangue escorreu por sua barriga.
Quando terminou, deixou a adaga de lado, lambeu a palma da mão e colocou sal nela. Em seguida, pressionou a mão aberta em cima dos cortes que ela havia feito sobre seu coração.
Eles se olharam enquanto a letra “B” no Antigo Idioma cicatrizava permanentemente em seu corpo.

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Ou Zsadist!
Nós dois seriamos TÃO perfeitos juntos!
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sexta-feira, novembro 25, 2011

Amante Consagrado - J.R. Ward


"Nas sombras da noite de Caldwell, Nova York, desenvolve-se uma furiosa guerra entre os vampiros e os seus assassinos. Há uma Irmandade secreta, sem igual, formada por seis guerreiros vampiros, defensores de sua raça. E agora, um Irmão obediente deve escolher entre duas vidas...
Ferozmente leal à Irmandade da Adaga Negra, Phury se sacrificou pelo bem da raça, convertendo-se no macho responsável por manter a linhagem da Irmandade. Como o Primaz das Escolhidas, ele será o pai dos filhos e das filhas que assegurarão que sobrevivam as tradições da raça, e, que haja guerreiros para lutar contra os redutores.
Como sua companheira, a Escolhida Cormia quer ganhar não só o corpo, mas também o coração de Phury para si... Ela vê o guerreiro emocionalmente deteriorado atrás de toda sua nobre responsabilidade. Mas enquanto a guerra com a Sociedade Redutora se torna mais severa, uma grande tragédia abate a mansão da Irmandade e Phury deve decidir entre o dever e o amor."
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Ai, ai.
Cá estou novamente nos braços da Irmandade...
Como eu gostaria que isso fosse literal, mas deixemos meus desejos de lado por enquanto.

Para começar, ressalto que a cada livro eu fico mais impressionada com a Ward. Ela tem me surpreendido muito positivamente em seus últimos volumes, mesmo que seja MUITO desnecessária na maioria das vezes. Tirando o caso todo com a Sociedade Redutora e o pé no saco que é ler o ponto de vista de seus Redutores Chefes, todo o enredo da história tem se tornado instigante e imprevisível.

Imprevisível não no sentido do "isso é inédito!" ou "Eu não esperava por isso!". Mas algo mais do tipo "Minha nossa! Ele fez isso mesmo!".

Sério. Quando você pensa que a coisa tá ruim pro lado de alguém, ela vem e torce um pouco mais o estômago por que dá para doer mais um pouquinho. Aliás, acho que para a Ward NUNCA terá um que já sofreu demais.
Quando você pensa que AGORA VAI! e se prepara toda emocionalmente para um cena totalmente HOT, ela simplesmente coloca um empecilho na coisa toda. Simples assim, ela segurou o clímax que eu queria umas três vezes!

Isso é como quase gozar! Ô ódio!!!

...
Se você não sabe a sensação de a brincadeira acabar no QUASE você não está perdendo nada e não desejo que saiba como é. Mas é péssimo, pode acreditar.
...
Se isso te chocou, então eu retiro o que eu disse e desejo que você não só saiba, mas viva com isso SEMPRE.
Haha

Voltando.
Não querendo me focar muito na história como um todo, mas Amante Consagrado me pareceu um livro de transição. Ward amarrou um bocado de pontas soltas e construiu a ponte para o desenrolar de toda a história. A primeira parte com o lance de Butch ser o Dhestroyer e agora com o lance do Ômega ter um filho e a Virgem Escriba abaixando a bola e coisa e tal.

Não dá para falar muito sem dar spoiler, então só confie no que eu digo: Esse é um livro de transição fantástico!

E, curiosamente, o guerreiro a quem se destina praticamente não teve vez nesse volume simplesmente por que sua fêmea o supera em tudo.
Eu, pessoalmente estou acostumada com mulheres que superam homens em tudo.
...
Sim estou falando de mim mesma. Como você pode ver meu ego também é maior e melhor do que o dos homens. E não me entendam mal, eu amo os homens e não sou feminista. Eu sou melhor que eles e pronto.

Voltando de novo. Santo Deus, como é fácil ficar devaneando! O_O
Então, Cormia.
Ela, na verdade é uma fofa. E, para quem viveu enclausurada em um mundo completamente diferente do usual, ela tem uma mente bastante aberta. Gostei bastante de ver como a Ward conseguiu convencer com a personagem e sua completa falta de conhecimento de mundo. Foi bem divertido. Como quando ela tem seu primeiro encontro com chocolate:

"[...] e então, sentindo como se estivesse desobedecendo uma lei, colocou alguns na...
Minha... Virgem... Escriba!
O gosto trouxe vida a língua dela de uma maneira que a fez pensar em sangue. O que era essa comida? Cormia olhou para o saquinho. Havia dois personagens de desenho animado na frente que se pareciam com  o doce.
M&M's dizia a embalagem.
Ela precisava comer o pacote todo. Naquele momento. Não importava que aquilo não era branco.
Quando ela comeu mais e gemeu, John riu[...]"

Bonitinha demais!
*-*

Mas ela também sabe o que quer, depois que se decide. E, ela sofre desnecessariamente por que afinal ela se apaixonou pelo Phury.
Phury.
Argh. Como eu imaginei, ele é um pé no saco e o irmão de que eu menos gosto. E olha que ele tem mania de herói! O que, por si só, deveria fazer dele meu personagem favorito.
Mas, ele é complicado demais. Cheio de nóia, literalmente.

Agora, como eu posso ter me apaixonado tão perdidamente por seu irmão gêmeo mutilado e não ter achado nenhuma graça no Phury?
Gosto... O que dizer?

Tirando Rhage e Mary que simplesmente sumiram para sempre da história (mentira, o Rhage apareceu para xingar de vez em quando e para usar de toda a sua força bruta quando necessário - mas como foi TÃO pouco), Mary nem sequer foi citada (lol), Todos os irmãos estão muito presentes (e eu acabo de perceber que a Marissa também não foi citada nenhuma vez - mas quem sentiria falta dela? \o/) e suas vidas não são assim um mar de rosas.
É legal saber um pouquinho mais do dia a dia mesmo depois do felizes para sempre. Tá que com a Irmandade nem sempre encontrar sua Shellan e se acertar com ela quer dizer Final Feliz. Néh, Tohrment?

Esse volume também fala muito de Rehvenge e ficar sabendo de certas coisas sobre ele... Bem, estranhas, para se dizer o minimo, foi... Sei lá. Eu diria para a Ward tomar um pouco mais de cuidado com a perversão dela mas, algo me diz que ela nunca me ouviria!

E, para coroar o bolo com cascas de chocolate belga, sempre tem Zsadist! Como, Santo Deus, alguém que sofreu tanto na porcaria da vida, consegue se tornar alguém tão... maravilhoso? Sério, em todos os sentidos, Zsadist é lindo.

Acontece que a história esta em um momento anti-clímax que pode ser tudo e nada ao mesmo tempo. Sabemos alguns detalhes sobre a vida "sofrida" de Phury e o vemos sofrer com seu vicio. Vemos, em uma noite, toda a nata da sociedade vampírica ser praticamente eliminada e tudo ser um completo caos por toda parte. Temos mais sobre Qhuinn, Blay, John, Xhex e até mesmo Payne. É um livro bom, de verdade. Sem se focar completamente no casal principal, mas construindo toda uma a trama ao invés disso, me convenceu.

Nota 5, feliz da vida.
XD

Ah, só para encerrar: John, seu maricas, admite logo que seu negócio é queimar a rosca que tudo vai ser mais fácil! Não é atoa que você se sente atraído pela Xhex aquele HOMEM. Argh.

Agora que estou divagando, e não que eu me incomode mas, para um livro de caras durões e machões com bolas do tamanho do Hulk, tem homossexual sobrando nessa história, não tem não? ( O que estou dizendo? Eu estou adorando! Qhuinn e Blay forever! TEM QUE TER LIVRO DELES TIA WARD!)

\o/

Ai, ai. Esse mundo seria muito melhor se houvessem mais gays. Eles são lindos, amáveis e chiques!!! s2

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________Citação

"- Sente-se comigo. - Bella tocou parte da cama ao seu lado. - Deixe-me falar sobre ele. E por que tenho certeza de que ele não está apaixonado por mim.
Cormia sabia que se fosse até lá e ouvisse sobre como o Primaz não podia estar sentindo o que achava que estava sentindo, ela ia se perder ainda mais por ele.
Então, naturalmente, ela se sentou ao lado de Bella no edredom."
(Amante Consagrado - p.297)

"[...] Zsadist apareceu na beira da floresta. Cantando. Ele estava cantando... [...]
Era o agradecimento que não tinha sido dito. Era a gratidão pelo resgate e apreciação pela vida vivida. Era a garganta bem-aberta de um pai maravilhado que não tinha palavras para expressar o que sentia pelo irmão e que precisava da música para demonstrar o que queria dizer.
- Ah, caramba... Z. - Phury murmurou em meio àquele momento de glória.
Quando o solo chegou ao auge, quando a onda de emoções chegou ao seu momento mais poderoso, a Irmandade apareceu, um por um, da escuridão da noite.
Wrath. Rhage. Butch. Vishous. [...]"
(Amante Consagrado - p.532)

"Quando Z. levantou, foi difícil saber quem deu o primeiro passo. Mais provável que os dois tenham se encontrado no meio do caminho. Ninguém disse nada durante o abraço.
Às vezes, as palavras não iam longe o bastante, o veículo das letras e o condutor da gramática não eram capazes de conter os sentimentos do coração. A Irmandade começou a aplaudir. [...]
- Diga-me, ela tem olhos amarelos?
Z. sorriu e assentiu."
(Amante Consagrado - p.533)

Ja ne!

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